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ORIENTAÇÃO ÀS METAS E A PSICOLOGIA DO ESPORTE

  • Foto do escritor: GEPEEX
    GEPEEX
  • 26 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Por Sherdson Emanuel*


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Olá pessoal, nós do GEPEEX convidamos você, leitor, a acompanhar essa publicação sobre a Orientação às metas (OM) e a sua importância no contexto esportivo. A OM tem sido apontada por diversos pesquisadores e profissionais da área como um importante fator psicológico interveniente no desempenho esportivo.

De acordo com a Teoria de Orientação às Metas (Achievement Goals Theory) de Sarrazin et al (2001), a OM se refere às estruturas de metas situacionais criadas pelos pares sociais, sendo caracterizada a partir de duas subestruturas distintas: Orientação para o Ego (OE) e Orientação para a Tarefa (OT). As pessoas com OE estão associadas com uma maior competitividade, elevação da ansiedade durante a competição, e avaliam a própria capacidade ao comparar o seu resultado com os membros da própria equipe ou com os adversários. Por outro lada, atletas com OTatribuem seu desempenho ao esforço, apresentando maior persistência e interesse, possuindo a própria referência de rendimento, não comparado com os demais, focando nas habilidades já adquiridas.


Então os melhores atletas são os que possuem OT?

É de extrema importância evitar esse pensamento uma vez que um único indivíduo pode apresentar as duas ou nem uma das orientações a depender do contexto o qual está inserido e com diferentes intensidades (GONÇALVES, 2010). Não se deve considerar uma melhor que a outra para que não haja rotulação de atletas bem como a classificação de um grupo melhor que outro (OLYMPIOU et al.,2008). O importante é que a equipe técnica entenda quais orientações os seus atletas têm e realizar um plano de trabalho adequado para cada situação.


Então qual é a importância de distinguir essas orientações e em quais atletas?

Na prática, é de extrema importância que os profissionais que atuam na área conheçam essa teoria para entender melhor os processos psicológicos de todos os atleta que assiste em cada contexto, em busca de impulsionar o desempenho bem como desenvolver habilidades que auxiliem o rendimento e as relações interpessoais, fazendo com que o atleta atinja seu potencial e maximize suas capacidades (WEINBERG; GOULD,2016).


O GEPEEX realiza várias pesquisas sobre o tema. A seguir, são citados alguns artigos provenientes destas pesquisas. Veja o que publicamos até agora:


CHEUCZUK, Francielli et al. Qualidade do relacionamento treinador-atleta e orientação às metas como preditores de desempenho esportivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 32, n. 2, 2016.


FERREIRA, Luciana et al. Impacto da orientação às metas na percepção da eficácia coletiva no contexto do voleibol juvenil. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 15, n. 2, 2015.


Referências

  1. SARRAZIN, Philippe; GUILLET, Emma; CURY, François. O efeito do clima que envolve a tarefa e o ego do treinador nas mudanças na percepção de competência, relacionamento e autonomia entre meninas handebolistas. European Journal of Sport Science , v. 1, n. 4, pág. 1-9, 2001.

  2. GONÇALVES, Carlos Eduardo et al. Efeito da experiência do treinador sobre o ambiente motivacional e pedagógico no treino de jovens. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 24, n. 1, p. 15-26, 2010.

  3. OLYMPIOU, Alkisti; JOWETT, Sophia; DUDA, Joan L. The psychological interface between the coach-created motivational climate and the coach-athlete relationship in team sports. The sport psychologist, v. 22, n. 4, p. 423-438, 2008.

  4. WEINBERG, Robert S.; GOULD, Daniel. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. Artmed editora, 2016.

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*Sherdson Emanoel da Silva Xavier. Graduando em Psicologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) e integrante do Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (GEPEEX).


 
 
 

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